2021/02/13
Chick Correa (12-06-1941 – 09-02-2021)
Num blog que cada vez mais se parece com uma página de necrologia, assinala-se a recentemente anunciada morte de Chick Corea (de cancro e não de Covid-19, o que não deixa de ser digno de nota nestes tempos difíceis).
Embora não fosse conhecedor da sua obra, tive oportunidade de assistir em 2 ou 3 ocasiões a concertos seus, dos quais gostei bastante. Recordo a postura simpática e relaxada em palco, tanto mais que a "aura"que o seu nome carregava lhe teria "desculpado" posturas mais altivas.
O seu percurso no mundo do Jazz moderno foi assinalável, ficando também para sempre associado ao "Miles Eléctrico" do final dos anos 60.
Aproveito para roubar descaradamente a homenagem feita por Gilles Peterson: "He is revered for some of the greatest jazz compositions of modern times, but possessed an inventiveness that saw him advance styles from classical to bossa to rock and more. Chick’s artistic capacity, across six decades, knew no bounds and expanded the horizons of the artists and fans who loved him"
Fica aqui o link para a playlist de homenagem.
2020/07/06
Ennio Morricone (10-11-1928 – 06-07-2020)
2020/06/19
LCD Soundsystem @ Coliseu dos Recreios 19/06/2018
2014/11/18
O tempo que passa
O tempo deixa as suas marcas. A droga mais ainda...
2014/04/14
Outra imagem da essência do rock
2014/01/06
Homenagem a Eusébio - Corneta Style
Eusebio contemplating buying a Marvin Gaye & Tammi Terrell album in a record store in Harlow
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À sua maneira, e de uma só penada, A Corneta faz um 3 em 1 (ou Hat Trick):
- Homenageia Eusébio
- Não fala de Futebol, fala de discos
- Contradiz o Dr. Soares: afinal o Eusébio era um homem de cultura e bom gosto!
2013/06/29
A essência do rock numa imagem
2013/05/03
Lego Daft Punk
2013/04/30
Dia Internacional do Jazz
Mas fez-me pensar... Há alguns anos atrás, quando A Corneta começou, estava a descobrir de forma mais profunda esta música nem sempre fácil, e a adorar esse processo de descoberta... Hoje em dia, tirando a paixão por Miles Davis, que perdurou, é raro ouvir Jazz.
Envelhecer, trabalhar, a crise etc... é tristemente fácil esquecer as velhas paixões!
2013/01/15
Os melhores de 2012
Mais um ano passou e aí estão outra vez as inevitáveis listas de "melhores do ano".
Se antigamente era um gozo pessoal rever estas listas e marcar os discos conhecidos numa espécie de bingo musical, concordando ou discordando da lista, hoje em dia aflige-me olhar para uma destas listas e perceber que a colheita musical mais relevante de um ano inteiro me passou completamente ao lado...
Havendo paciência e a ajuda das milhentas fontes disponíveis on-line, as listas servem para recuperar esse ano de atraso e descobrir algumas coisas interessantes. Este ano foi o caso do disco da Jessie Ware, que descobri desta forma e muito prazer me tem dado.
Por outro lado, dentro do pouco que ouvi, para mim os melhores foram os regressos de Cat Power e dos Tindersticks. Regressos de velhas glórias, o que dirá esta escolha sobre o estado actual dos meus gostos e da minha atenção ao panorama?
Salve-se que na verdade são dois excelentes regressos, a mostrar grande forma de artistas que pelos anos de actividade já se poderiam considerar como de "meia idade".
Deixo a mim próprio a promessa de andar mais atento em 2013. Mas sinto de antemão que não a vou cumprir.
2012/11/05
Descoberta inesperada
Deixo aqui o registo para a posteridade!
El Perro del Mar - Walk on By (St. Etienne Remix)
Genial plágio da letra do Unfinished Sympathy dos Massive Attack lá pelo meio!
2012/09/16
Beak> @ Maria Matos
Há coisas que só nos ficam bem admitir logo à cabeça. Este é um desses casos. Confesso, aqui e agora, que fui ver este concerto não por conhecer uma banda semi-obscura ou por particular amor ao estilo Krautrock, mas tão simplesmente por ser um side-project do gajo dos Portishead. Um simples caso de "star-struck" portanto.
Pouco conhecia, portanto, destes Beak>. Dei uma breve vista de olhos no último albúm em jeito de preparação para o concerto, li umas coisas na net, percebi que auilo andava pela linha do Krautrok à la Can ou Neu, e que por isso devia ter umas quantas linhas de contacto com o Third dos Portishead (embora, lá está, sem a voz, sem aquela voz).
Lá fomos então para o Maria Matos. Em palco, bateria, baixo / guitarra e Moog. O suficiente, portanto. Sonoridades negras, densas mas porvidas de um sentido ritmico e melódico intenso que as tornava hipnóticas e contagiantes. Música para fazer dançar a cabeça e não o corpo. Fica claro que não é uma musica para as massas, e que resulta muito melhor ao vivo que em disco.
Estranhamente, a sala relativamente pequena do Maria Matos estava apenas meia cheia. Digo estranhamente, pois se a banda é relativamente desconhecida e se a promoção foi praticamente inexistente, a velocidade com que os Portishead esgotaram salas sempre que vieram a Portugal levar-me iam a crer que haveria incautos suficientes para encher a sala apenas com poder da ideia de "é o gajo dos Portishead".
2012/08/06
Led Bib @ Jazz em Agosto 2012
O Jazz em Agosto é um festival muito diferente dos "outros" festivais de verão. Algo mais "nicho" provavelmente não existe, e mesmo entre os festivais de Jazz faz figura de OVNI.
Claro que isso em si nada tem de mal, e ao longo dos anos já me deu oportunidade de ver umas coisas verdadeiramente diferentes, umas vezes para o bom e outras para o mau. Este ano, olhei para o cartaz, e mais uma vez me dei conta que tudo aquilo me era estranho. Mas os Led Bib chamaram-me a atenção pois o programa mencionava um dos músicos como tocando Fender Rhodes (e não apenas piano). Pensei para mim próprio "Fender Rhodes nunca é mau..." e estava escolhido o concerto deste ano.
Em boa hora! Ás vezes parece que no Jazz já não há sítios inovadores para onde ir, e que é sou repisar os mestres ou fazer o barulho mais "free" possível, pois bem, está aqui uma prova em contrario. Um concerto entusiasmaste numa bela noite de verão, sonoridades Jazz "clássicas" a fundirem com as linguagens Rock, Trip-Hop, etc... sempre com uma bateria e baixos marcantes e o tal Rhodes a dar a sua nota particular. Uma boa surpresa para uma noite de verão "diferente".
2012/07/11
Super Bock Super Rock 2012
Parece que o Super Bock Super Rock este ano foi fraco. Diz o Disco Digital:
"O Super Bock Super Rock não correu bem. Escasso e desinteressado público, vazio de concertos memoráveis e um estado de espírito geral atípico para um momento que se quer de celebração."
A minha costela de maldade fica feliz por ver que o público castigou este festival. Apetece-me pensar que afinal as pessoas não são estúpidas, que não aceitam como animais as más condições que lhes são repetidamente oferecidas, desde o caos do trânsito e do pó até ao péssimo som e condições de vida no recinto, sobretudo face ao preço cobrado pelos bilhetes.
Secretamente desejo que a organização se arrependa e arrepie caminho
Infelizmente algo cá dentro me diz que o que deveria ser não é, que não foram esses os motivos que afastaram as pessoas do festival. Terá sido o cartaz, a crise, a concorrência do Alive, etc. e tal... N razões circunstanciais e únicas deste ano. Não me parece que a organização se vá esforçar para mudar alguma coisa, ou que o público não volte em massa caso haja um nome mais sonante no cartaz do ano que vem... Afinal de contas o "Animalus Festivaleirus" vive e morre pelo cartaz. O resto são tretas...
2012/02/29
In the Meantime
Hoje tirei da gaveta um disco que não ouvia há anos. Um daqueles discos de intensa paixão adolescente, há muito esquecidos e que hoje já não nos parece ter sido possível terem em tempos tido a importância que tiveram. Falo do Meantime dos Helmet, e a razão para o tirar da gaveta passou por tentar perceber se valeria a pena ir ver o concerto da próxima segunda-feira...
Hoje é fácil perceber porque era um disco importante: era um disco de metal que não soava ao mesmo que os restantes discos de metal. E isso permitia uma interessante dualidade adolescente: estar dentro da Tribo e a o mesmo tempo manter aquela ética hipster do "não ouço o que o resto da malta ouve". E não desmerecendo, era um grande disco de Metal, mais pesado que muitos pesos pesados, mas denso e recompensador, daqueles que se "apreendem" melhor a cada audição. Enfim, tinha o mesmo tipo de características que faziam do "Downward Spiral" dos NIN um disco brilhante, mas sem a parte "electrónica", antes reforçando na Guitarra e no Baixo.
Ultimamente dou por mim a recair sobre muitos discos importantes da juventude, que são trazidos de novo à tona de água, por re-edições e comemorações várias, como aconteceu recentemente com o Siamese Dreams ou com o Nevermind. E se já não consigo voltar a ouvir esses discos com o prazer de outrora, sinto também cada vez mais dificuldades em descobrir coisas novas a que me consiga ligar com algum apego... sintoma de "maturidade" ou de "velhice"?
Redescoberto o disco, ficou a vontade de ir ao tal concerto ver como serão os Helmet ao vivo. Até porque foi uma banda que nunca vi ao vivo e que não me recordo deter passado por Portugal na altura em que eram "relevantes". Ainda assim, sei que o potencial "downside" de desilusão desse concerto é muito elevado...