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2004/07/30

Nick Drake - uma nova colectânea 

Cada um terá os seus caminhos para chegar a músicos do calibre de Nick Drake, Tim Buckley ou Van Morrison. A experiência diz-me que isto é musica de recomendação pessoal, passa por sugestão, não pelo que se ouve na rádio, na inefável VH1 , reportagens das revistas de sábado/Domingo.  Ou seja, há que fazer um esforço  por descobrir.

No meu caso surgiu de amena cavaqueira sobre música. Julgo que o meu interlocutor deverá ter pensado que esta gaja terá discernimento suficiente para entrar no circuito, no circuito de Drake. Disse-me que tinha mesmo de ouvir, mais do que isso, emprestou-me o Pink Moon. Esse foi o meu caminho. O Tiago, por sua vez, leu uma vez numa entrevista a  Stuart Staples, ou leu num site dedicado a ele,  que   falava de Way to Blue: an introduction to Nick Drake. Foi o seu caminho.

Nick Drake morreu com 26 anos, editou 3 álbuns (Five Leaves Left, Bryter Layter  e Pink Moon), nunca chegou a ter sucesso/reconhecimento  em vida e hoje em dia é citado por  grupos como os Tindersticks,   Belle & Sebastian, Radiohead, etc, etc (que nos leva a pensar que se calhar vale a pena investigar, os grupos não são maus...).

Se querem aceitar a minha sugestão comecem por Pink Moon ( ainda deve estar a  preço simpático na Fnac, 9 Euros?), mas recomenda-se consumo  com precaução. Música simples e calminha consegue mexer com os sentimentos. Estados depressivos são acentuados. Se contempla suicídio afaste-se pela sua saúde.





Já estive para escrever sobre Nick Drake  com o sugestivo título de  "Só agora?". Foi tarde o meu encontro, foi à cerca de 6 meses. Mas como diz o ditado, não há caminho  o caminho faz-se caminhando.  Não há tempo certo. Podem, claro, ter em conta a minha muito pessoal sugestão e provar a minha teoria exposta no primeiro parágrafo.

Saiu um texto hoje na Y do Público sobre a nova colectânea o Made to Love Magic .http://jornal.publico.pt/2004/07/30/Y/TAM04.html . Isto, evidente, é para os que já estão no circuito  à vontade. Aos restantes Pink Moon first.












2004/07/27

Roy Ayers em Oeiras 

(Casa da Pesca, 22 de Julho de 2004)

Se há coisa que não tem faltado neste verão de 2004, são concertos. Este ano a música no coração achou que o Estoril Jazz e o Jazz em Agosto não chegavam para preencher de Jazz o verão lisboeta e decidiu oferecer-nos (vender-nos será a palavra correcta neste caso) o Cool Jazz Fest.

Diga-se, em abono da verdade, que quem pensou este Cool Jazz Fest tinha alguma razão, pois havia ainda um espaço a preencher neste nicho “jazzistico” de mercado. Já por aqui o tinha apontado em tempos: se tivermos em conta que o Estoril Jazz apresenta como programação um jazz no sentido mais tradicional e bop do termo, e o Jazz em Agosto o apresenta na sua vertente mais free e improvisada, ficava espaço para a vertente mais electrónica, dançante e fusionista ter também o seu festival. Este CJF é um passo nesse sentido, com um cartaz diversificado (mas ainda assim não muito arriscado, podia ter muito mais nu-jazz, mas esse acaba sempre regalado para eventos de música electrónica...).

Porém, como nem tudo são rosas, nem sempre há dinheiro para se ver todos os concertos que se quer. É aqui que se revela o “Dark Side” deste boom de oferta que temos vivido: passa a ser preciso usar de algum rigor ao decidir a que eventos alocar os recursos escassos (os euros escassos, neste caso).

De Roy Ayers sabia que tinha sido uma figura influente e respeitada que contribuiu para dar novos caminhos ao jazz nos anos 70 e 80, mas em boa verdade, da sua música, pouco conhecia para além de algumas coisas remisturadas numa ou noutra compilação ou algumas coisas que passaram na rádio em antecipação do concerto. E por isso mesmo não pensava ir vê-lo. Mas à última hora a Sofia ganhou um bilhete num passatempo e assim acabamos por ir semi-à-borla (era um bilhete simples, foi preciso comprar mais um...).

Secretamente, esperava que o concerto fosse muito bom. Tinha ouvido críticas muito boas ao senhor. E o sítio também parecia ajudar, uma espécie de jardim setecentista, completo com lago, cascata e tudo...

O espaço, se bem que muito bonito e original, não era de todo apropriado ao evento. O Palco era minúsculo e pouco apropriado, o lago deixava as bancadas mais baratas muito afastadas do palco, a estrutura temporária em que assentavam as cadeiras não convidava à dança...

Roy Ayers, por seu lado, foi de uma simpatia e contacto com o público impáres, uma vez que passou quase tanto tempo a falar para o público como a tocar. Simpatia é bom, mas não era preciso tanto, sempre que a coisa começava a aquecer e o público a entrar na onda, lá parava ele mais dez minutos a conversar entre duas músicas. O que vale é que isso proporcionou alguns bons momentos de humor e empatia com o público. Em termos musicais, também houve vários bons momentos, sobretudo os de maior toada funk, merecendo destaque o excelente guitarrista e o pianista/saxofonista. Mas no compto geral tudo soava imensamente datado e demasiadamente meloso, como um Stevie Wonder mais Jazzy e menos Pop. Se calhar a culpa é minha, devia ter feito os trabalhos de casa antes de ir para o concerto... mas a verdade é que, sem ter sido mau, esperava mais do apregoado “Profeta do Acid Jazz”... e fiquei com a sensação que o grosso do público partilhava da minha opinião...





2004/07/23

Morreu Carlos Paredes 



Parece estranho. Alguém vestido de fato e e sobrecasaca, pés mergulhados na água, ramo  na mão. Um louco...

Escolhi esta fotografia porque numa imagem reflecte tantos elementos da música do Mestre, alguma loucura, muita saudade, clássico pela roupa,  revolução das flores, eterno como o  oceano (falta o virtuosismo , que elemento o representa?). Acho que já tinha escrito aqui um dia que foi um  CD  dele que durante o  meu período espanhol (dois anos, chega para fartar)  mais me fez recordar "casa". Aceitei os cravos. Obrigado.







2004/07/20

Não houve dinossauros 

Festival Vilar de Mouros, 18 de Julho de 2004 
 
Regressei segunda de manhã de Vilar de Mouros  depois de 8 horas de comboio e de uma noite muito mal dormida . O u seja,  acampei. Agora passada a odisseia até lhe encontro  certa graça mas na altura  tivesse eu caçadeira à mão e haveria muito choro  e ranger de dentes.  É  que não  foram apenas  inofensivos djembés ou Didgeridoos (que em má hora resolverem vender  nas barraquinhas da Vila) , foi a tenda de música electrónica que plantaram a 50 metros da zona de campismo, foi porque alguém quis renovar o mote "oh Elsa!" para "quero dormir e mai'nada!", propagado  várias vezes entre as 5 e as 7 da manhã. Foi mau.  
 
Do festival só assisti  ao último dia e confesso que só prestei atenção a dois concertos. Polly Paulusma esteve em palco, guitarra acústica em punho, poucos gatos pingados à frente. Gary Jules esteve em palco, ao que parece guitarra emprestada que roubaram o material em Espanha, mais alguns gatos pingados. De longe chegavam  frases desse tema omnipresente na SIC Mulher e ainda de  uma versão do  "Ashes to ashes" do Bowie e mesmo assim tenho que admitir que jogar matrecos soube-me melhor.  
 
 
Entra PJ Harvey. Aproximação ao palco para observar  melhor. Se viram  a capa do Blitz de hoje , que numa de benevolência direi que é representativa por um lado da crueza por outro da sensualidade de uma das poucas (pouquíssimas) mulheres do rock (à séria) e não uma foto meio adolescente em que, passe a expressão, "os faróis iam acessos", saberão que foi um grande concerto.  PJ entregou aquilo que se esperava . A voz desgarrada, toda uma rudeza entre guitarra e bateria  que fazem lembrar o início da sua carreira (falo de Dry e Rid of Me).  O corpo franzino, o fato vermelho coleante, tímidos "obrigado" ,  fotos da capa do Uh Huh Her colados às costas do vestido (bem este pormenor achei algo duvidoso, mas está bem), a entrega presente na forma como se mexe e pelas veias que lhe sobressaem do pescoço.


Peaches


O concerto foi em grande parte dedicado ao último trabalho  com os temas fortes como "The Letter", "Who the fuck", "Shame", "The life and Death of Mr. Badmouth" a realçar essa  rudeza . Visitou-se também  Stories from the City, Stories from the Sea através de  "The Whores Hustle and the Hustlers Whore", "Is this love" , ou ainda "Victory" do já longínquo Dry. O que ajudou e muito a fazer deste concerto grande  foi a presença de um novo guitarrista na banda (não sei o nome), que tanto na  guitarra como na  bateria ( houve temas que chegaram a ter duas baterias, intensificando ainda mais o som) libertaram  PJ da sua guitarra dando-lhe possibilidade de realmente se concentrar na voz. Muito bom.


Peaches


 
 
De Bob Dylan fui sem saber o que esperar.  É verdade lá em casa verdadeiros fãs são os meus pais,  a discografia  é deles e do que  ouvi cheguei à conclusão que não conhecia nada pós 70.  Já depois do concerto estive a falar  com um amigo do meu pai que me dizia que tinha tido muita pena não poder ter ido. E num gesto de condescendência dá-me uma palmada nas costa e afirma: "Mas olha que aquilo é mais nosso que vosso!". Engana-se.
 
Por essas e por outras lhe chamam dinossauro, porque temos essa imagem pré fabricada de Bob Dylan o folk song writer do "Just like a woman", "Blowing in the wind", de cantor preferido dos pais,  que vive na sombra da genialidade dos anos 60 e está curvado e velhinho.  Se calhar estamos a confundir a figura com a do  Papa.
 
Pois surpreendam-se, surpreendi-me eu, o Dylan está ao piano e na harmónica e não na guitarra, as referências estão hoje mais ligadas  ao delta do Mississipi que a Nashville, o concerto não foi a esperada fórmula de greatest hits misturados com alguma coisa recente  mas quase todo dedicado ao  Love &  theft  (de 2001) , um show de blues,   regressando-se ao passado apenas uma vez com "Like a rolling Stone" já em período de encore. A voz não está mortiça ou incompreensível, mas antes segura, mais grave e menos metálica e com essa  a forma de encadear as palavras que a tornam característica e única. O homem não está curvadinho, nem acabado, aliás passou o concerto todo em pé.  "His band" foi também fenomenal, onde não faltaram  lap steel guitars ou mandolins (não me perguntem como se diz isto em português, é aquela guitarra que se toca sentado com um slide e a outra  uma guitarra cuja a forma lembra um pouco a guitarra portuguesa).
 
Interessante também é que Bob Dylan arrasta atrás de si   grupos de verdadeiros connaisseurs , detentores de todos os bootlegs possíveis e imaginários percorrendo o mundo para marcar presença nos seus concertos. Além do capital de conhecimento (e de coleccionismo, porque um artista deste calibre tem muito onde se gastar dinheiro)  dão ainda excelentes dicas sobre  o que esperar. "Vais gostar muito. Espera algo muito blues" disse-me um deles. Foi verdade.

Ou seja, o Columbia recording artist, não se vendeu e  numa só palavra é genuíno.  Do mais genuíno que se pode assistir ao vivo.  Do melhor que já vi ao vivo. Tomara a muitos grupos, a muitos revivals, a muitos  que soam  a , a muita pirotecnia e luzes   que   tocassem assim.   Numa visão romântica acho que gravações ou imagens não foram permitidas porque se quer manter a pureza do espectáculo, porque a música basta a si mesma. E mai'nada !










2004/07/13

Menos hype mais substância 

O ano passado dos primeiros postes que colocamos aqui na Corneta falava precisamente do festival Hype Meco. Engraçado como os festivais vão marcando as nossas “estações” musicais. Daqui a um mês de novo no Sudoeste …

Se a palavra hype marcou o festival anterior este ano apostou-se em valores consagrados (curiosamente no Verão passado). Novidade, novidade, talvez os Scratch Perverts cujas as horas tardias e a completa fraqueza de pernas impediu-nos de ver. O resto compunha-se por velhos amigos. A Peaches e o Matthew Herbert eram as cabeças de cartaz do extinto CBT de 2003, Moloko são aquele fenómeno Placebiano que todos os Verões voltam cá. Mesmo na tenda Zones, de longe a mais cheia e animada ao longo da noite, bisaram nomes conhecidos como Fernanda Porto ou Dj Dolores e os omnipresentes Jazzanova (mas nunca o elenco completo).

Não obstante a falta de “novidade” o balanço que faço deste festival é bastante mais positivo que do ano passado. Desde logo porque o recinto esteve a meio gás, o que se traduziu em andar à vontade e, surpresa, ser atendido no momento e não ter de esperar uma hora pelas cervejas (ando ainda traumatizada pelo último Super Bock /Super Rock) . O estacionamento é aquela deficiência que toda a gente conhece; além de cobrarem 1,5 euro por um pedaço de areia perdido entre clareiras e sobreiros que às 5 da manhã parecem iguaizinhas, verifica-se sempre aquele fenómeno divertido de ver pessoas às tantas da manhã tipo “zombie” em busca do carro perdido … Os Corneteiros, que beneficiaram da curva de experiência com sucessivas idas a festivais, não se esqueceram da lanterna nem de ficar perto de placa facilmente identificável. Só levámos 10 minutos a encontrar o bólide, todo um recorde pessoal.

Passámos a maior parte da noite pelo palco principal (passe a publicidade o Optimus), apesar de alguns eventuais saltos às outras tendas. A dos “Providers”, mais conhecida pelo pessoal de garrafinha de água na mão, esteve animada por Djs oriundos da Áustria cujo som maioritariamente house até chegou a ser agradável. Dava para estar lá mais de 10 minutos a dançar. Outro recorde pessoal.

A tenda Zones, mais conhecida pela tenda brasileira (Otto, Fernanda Porto, Kaleidoscopio, Dj Dolores) foi a mais animada da noite e acho que chegou a ter mais gente que o palco principal.


Das main atractions tenho que admitir que Moloko estiveram irrepreensíveis, uma Roisin comunicativa e que dominou um publico mais que entusiástico do princípio ao fim. Tocaram-se os grandes êxitos de Statues e do Things to make and do, mas não houve facilistismos. Canções mais conhecidas como “Pure Pleasure Seeker”, “Sing it back”, “The time is now” foram potenciadas por arranjos originais e muita energia em palco.


Moloko
Roisin estilo Papagaio


Matthew Herbert começou mal, porque os temas do Goodbye Swingtime não se adequavam a um grande festival. Mas a partir do momento em que Dani Siciliano canta “It’s only” do Bodily Functions, libertou-se o espectro da Big Band e Herbert começou a investir naquilo que é mais conhecido, a “engenharia” electrónica.
A partir do som do esvaziar de um balão e de duas palavras cantadas pela mulher criou à nossa frente toda uma melodia feita de soundbytes a que acresciam sons dos instrumentistas da Big Band. Só sei que Swing + electrónica marada tornou-se numa combinação irresistível para dançar e nesse momento o público rendeu-se. Pena que tenham sido apenas os últimos dois temas e o encore fizerem do espectáculo de Herbert o mais estimulante da noite.


Herbert


A Peaches sofreu da imensidão do palco que não favorece um espectáculo tão pobre em meios. O que no Lux funcionou tão bem :a ausência de uma banda, sons programados, o show de desmontagem dos clichés do rock (as roupas, as guitarras, este ano como novidade apresentou duas meninas algo “cavalonas” que faziam coreografias que acentuavam o explícito das letras), num palco tão grande tornou-se algo ridículo. Metade do público, que não conhecia a irreverência da cantora canadiana, passou o concerto incrédulo de boca aberta . Outros, poucos, dançavam. Acho que ela própria sentiu que foi um espectáculo que não resultou já que no fim diz algo parecido com: “ Muitos de vocês não sabem mas eu escrevo todos os meus temas e produzo a maior parte deles!” como se a puxar os galões lembrando a sua fama de animal de palco. Bem a nível da letra aquilo não há grande complicação, mas é da atitude que eu gosto mais, que naquela noite não foi suficiente para conquistar uma audiência que não fazia a mínima ideia porque que ela estava a fazer "aquelas coisas" em palco.


Peaches
Peaches e convidado especial Iggy Pop


De qualquer forma é a ela que devemos o momento mais divertido da noite . No final da performance ouve-se em voz off :
- You’re backstage with …Peaches!
- You’re backstage drinking heavy beverages with …Peaches and Moloko!
- You’re backstage drinking heavy beverages with Peaches and Moloko and having sex with…Matthew Herbert's Big Band!


2004/07/09

CONCURSO CORNETA ESTORIL JAZZ - Batalha do Poste 

Depois de termos passado tão bom momento a concursar por bilhetes, e dado que amanhã vamos deixar aqui o estaminé para e ir em peso para o Meco, e porque (embora não tenham notado que o Cornteiro indicado para estes temas, Tiago, tem tido muito que fazer) temos ido a todos os concertos do Estoril Jazz.... o que faz com que tenhamos dois bilhetes (ou bilhete duplo) para oferecer para dia 10 (sábado) para a Clayton - Hamilton Jazz Orchestra, formação que a revista «Downbeat» distinguiu em 2003 com o prémio de melhor Big Band. Parece giro!


CP


Não vai dar para fazer Dj Battle, porque enfim , depois não dava para ouvir, mas teremos uma Post Battle ou versão portuguesa, a Batalha do Poste. O melhor post a falar sobre álbum, concerto recente, o género de coisas que fazemos por aqui valem um bilhete duplo. Regras são poucas: receber até sábado às 14.00 por mail, telemóvel para contactar, e por favor, gostamos todos de música, mas não é preciso um testamento. Restantes ...deixa lá ver...bolacha de água e sal é definitivamente fona, o resto... já pensamos...

Enviem os vossos os vossos postes para a_corneta@hotmail.com .Sei que nem toda a gente gosta de jazz, mas Big Bands são sempre muito swingadas e fáceis de ouvir, e o forreta que há em cada um de nós pode falar mais alto...





Festival do "Dragon" volta ao Atlântico 

ADENDA: CANCELARAM O FESTIVAL. PORRA!

Desculpem os amigos do Porto e arredores, mas já não vai ser preciso Iggy Train nenhum para ir ver Iggy Pop & the Stooges. Após a desistência do David Bowie e dado a falta de adesão do público nortenho a promotora voltou a apostar no Pavilhão Atlântico.

Notícia no Diário Digital

Boas notícias também porque há bilhete único por 30 Euros para os 3 dias. Não se pense em "almoços grátis", o cartaz está bem desfalcado porque os Charlatans desistiram também .

Não sei se repararam nos preços mais ou menos de saldo dos restantes festivais (por exemplo, Vilar de Mouros está ao mesmo preço do ano passado), ou como os festivais não estão a conseguir preencher os cartazes. Basta notar que Vilar de Mouros tem para lá coisas esquisitas como Gary Jules, os Fingertips são destaque no dia 17, chamou-se o Ice - T (será que ainda mexe?). Vou de certeza pela P.J. Harvey e pelo Bob Dylan, mas nunca vi cartaz mais esquizofrénico que põe Peter Gabriel ao lado Macy Gray, e este ano não há palco alternativo....


2004/07/08

Setlist para uma DJ Battle 

Face ao desafio da Oxigénio (ver post da Sofia), que escolhas poderiam assegurar a minha presença no Meco? Pelo que pude ouvir das DJ Battles de dias anteriores, os concorrentes estavam todos a levar música fortemente dançável (electroclash e estilos afins) levando o conceito do DJ muito “à letra” e buscando incessávelmente o “Floor Killer” (nas palavras de Rui Portulez) que arrasasse o adversário.

Sabendo que a minha selecção iria para o às entre as 9 e as 10 da manhã, hora pouco propícia a devaneios dançantes, decidi arriscar-me a ganhar uma bolacha de água e sal (o prémio do perdedor) e lançar-me numa seleção de música de que EU gosto e que fosse ao mesmo tempo “cool” quanto baste para o período matinal e animada o suficiente para não adormecer ninguém. Escolheu-se assim orientar a coisa para os lados do Jazz e do Nu-Jazz dançante...

Restava saber se a maioria conseguiria reconhecer o acerto das minhas escolhas e grangear-me o seu voto...

Assim sendo, as escolhidas foram:

Herbie Hancock - Cantaloupe Island
UFO - Loud Minority (Radio Mix)
Skalpel - High
The Bad Plus – Smeels Like Teen Spirits
The Detroit Experiment - Think Twice

Tendo ficado de fora (mas sendo também escolhas possíveis)

Nuspirit Helsinki - Orson
Nicola Conte - Arabesque (Micatone vocal version)
Tortoise - The Taut & Tame
To Rococo Rot - Telema
Karftwerk - We are the robots

A minha opositora, por sua vez, optou por Bjork, Marisa Monte, Moloko, Pharrel Williams, tendo começado o set, se não me engano por Marvin Gaye...

Resultado final? Empate técnico a 8 votos cada (mas que raio... só 16 pessoas telefonaram?). Desempate com moeda ao ar atribuiu-me a vitória. Satisfeito por ir ao Meco, mas com o travo amargo de não ter conseguido uma vitória esmagadora...


2004/07/06

Corneteiros na Oxigénio (102.6 FM), quinta feira 

Quinta feira os Corneteiros, vulgo Tiago e Sofia, vão ao Dj Battle na Rádio Oxigénio (ainda não é desta que nos deram um programa só para nós, mas é um começo....).

O Tiago vai estar no ar (gosto desta expressão!) entre as 9.00 e as 10.00 da manhã e eu entre as 13.00 e as 14.00 de quinta feira.

O desafio total é comer moscas enquanto passas música, não, o desafio é passar uma setlist (com 10 temas) melhor que um mânfio qualquer que nos ousa desafiar.

Para alguma coisa temos um blog de (boa) música. Para ganhar concursos como estes!

Ah,e a melhor setlist ganha um bilhete para o Meco (também não é mau). A melhor setlist é votada pelo público. O público, algum do público, lê blogs, lê o nosso blog, gosta do nosso blog, estão a ver onde quero chegar..?...

Telefonem : 21 3192056. (Por favor! Não quero ser malcriada).

Prometemos não nos candidatar a mai'nada.


2004/07/01

Acabei de notar... 

que fizemos um ano Tiago! Conta aí as linhas de arquivo. São 12. O nosso primeiro poste foi dia 1/07/2003.

Em termos blogoesféricos somos tão velhos como o Phil...não, como o Bob Dylan...


O Phil Train 

Estava a pesquisar no site da CP horários de comboio para Caminha (Vilar de Mouros ou Bob Dylan antes que ele bata a bota...e a PJ....) quando deparei com este serviço muito peculiar. A CP em associação com a promotora Ritmos e Blues vai criar um serviço especial para que pessoas, moradoras em localidades acima de Lisboa e que acabem de trabalhar antes das 11 da manhã, possam vir assistir ao concerto de… Phil Collins. Sim, é o Phil Train.


CP
A CP também tem interesse pela música



CP, não obstante a má escolha musical ao dedicar um comboio a esse pastiche musical mais conhecido pelas inúmeras bandas sonoras da Disney que fez(e mesmo assim alguns de nós temos direito a ter "just another day for you and me in paradise" em casa...era a adolescência...não é o meu caso, claro!), dizia eu que a CP, ainda vai a tempo de redimir-se. Falta de sentido de negócio meus amigos é por essas e por outras que não saem da cepa torta...

Mude-se apenas o sentido da linha. Dia 16 quero uma linha especial, um comboio dedicado, um Alfa Pendular que parta de Lisboa por volta das 18.30 e em duas horas me ponha ver Iggy Pop & The Stooges no Festival do Dragão. Final do dia pronlongamento para Caminha, se faz favor, ainda a tempo dos Chemical Brothers. O Phil, o Phil não merece CP! O Iggy, o Raw Power, Fun House, os Stooges, pensem O Iggy Train..., teriam muitos mais clientes aposto :(


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