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2011/06/30

Twin Shadow @ Lux, 25 de Maio de 2011 

Quando era mais novo era muito fácil descobrir novos artistas, novos discos e novos sons. Hoje já não é assim, por uma combinação de factores externos e internos. Mas de vez em quando ainda se "apanham" algumas novidades inesperadas.

É o caso de Twin Shadow. O disco aparentemente já anda por aí desde o fim do ano passado, mas não teria prestado a mínima atenção se não fosse por ter visto um cartaz a anunciar o concerto quando fui ao Lux ver os X-Wife, e se não tivesse visto um grupinho muito contente em frente ao cartaz a elogiar o disco.

Fiquei curioso, e felizmente a Internet serve precisamente para matar essa curiosidade. Ouvi o disco (apropriadamente intitulado "Forget", mas isso não quer dizer que não tenha gostado...), perdi o amor a 20 € e lá fui ao Lux. Muitos também seguiram pelo mesmo caminho, pois a casa estava praticamente cheia.

O disco tem uma sonoridade electrónica-new-romantic muito "anos 80" (hoje em dia parece que não há nada que não nos leve a essa época), suave e esparsa q.b. mas tem também uma mistura estranha em que as harmonias vocais de alguns versos são tão desafinadas que parece que estamos a ouvir Zé Cabra, com uns refrões tão sacarinos que ficam logo na cabeça à primeira audição. Um contraste completo.


Em concerto, com mais músicos em palco, o som era mais cheio, uns arranjos com mais instrumentação, mas que ainda assim não sobressaía por trás das letras. E ao vivo, com uma sonoridade menos polida, o o tal contraste de harmonias vocais parecia ainda mais notório.

Acresce que só existe ainda um disco de Twin Shadow, pelo que o repertório não é muito extenso. Deu para um concerto de um pouco menos de uma hora, com direito a repetição no encore de um dos singles (Castles in the Snow) e a ouvir em primeira mão uma música nova que não retive na memória.

Depois de muito tempo na "doca seca", Maio acabou por ser um mês de muitos concertos. Este foi se calhar o mais fraquito de todos, aquele que mais depressa se vai esquecer. No fundo, não é muito diferente do disco que lhe serviu de base, que é bom quanto baste para ouvir umas quantas vezes este verão mas rapidamente irá parar à gaveta...


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