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2007/03/12

While my eyes go looking for flying saucers in the sky 

O último concerto que assisti foi da Cibele no Santiago. Simpático, sem ser memorável, fez-me lembrar Smoke City e uma viagem recente a Londres, cidade do mau tempo e microcosmos culturais. O concerto em si não me desperta grande vontade de escrever, mas antes uns comentários que Cibele ia soltando ao longo da performance. Londres é cinzenta e sobre populada. Os transportes são caros e as pessoas não se afastam na rua (algo a ver com o perimetro pessoal que aqui é invadido porque há tanta gente). Dizia Cibele que o que a faz ficar passados 10 anos são os microcosmos: bairros que continuamente se vão reinventado, apesar de uma Oxford Street cheia de autocarros e gente (só em Londres para encontrar polícias para acelerar o tráfego... de pessoas ... "keep walking!"). São pequenas supresas que te fazem descobrir um excelente cheesecake no spitalfields market, ou velhas lojas de discos no Soho, livrarias em Notting Hill, enfim, prazeres.

As cidades grandes são para descobrir a pé e a pé ao som de música. As batidas marcam as passadas e os locais ficam marcados por uma banda sonora. Obrigado à Teresa por ter contribuido para esta: Klaxons, The Dears, Daniel Johnston, The Noisettes (esta foi minha. Reparei com agrado que já estavam a bombar nas lojas apesar de serem publicitados como a resposta britânica aos Yeah Yeah Yeahs ... pequeno exagero).

Diga-se em abono de toda esta exaltação com "london, london" (música de Caetano e uma excelente interpretação de Cibele com Devendra) que nesse fim de semana tocavam Jarvis Cocker a solo e Judy Garland reencarnada em Rufus Wainwright. Infelizmente certa cultura só se usufrui comprando bilhetes antecipadamente.


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