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2007/01/10

Entretanto 


Enquanto espero novos posts (até de novos colaboradores!), vou cumprindo os meus dois posts semanais estabelecidos pelo contrato de pré-época. Divirto-me com o lettering da Corneta. Se ontem estava Sex Pistols hoje recebe uma clara inspiração Daft Punkiana. Iron Maiden, quem sabe, amanhã.

Ontem, por razões que agora seriam laboriosas aqui desenvolver (que se prendem com o facto de estar "presa" ao mesmo canal há uma semana) tive oportunidade de ver The Filth and The Fury, documentário realizado por Julian Temple sobre os Sex Pistols em 1980, dois anos após o fim da banda. Não só é partir a rir, desde os começos aúreos a roubar o equipamento do backstage do David Bowie, mais histórias de bebedeiras e incongruências em geral, como permite "colar" uma série de acontecimentos dispersos que tens sobre a história do rock dessa época. E a história dos Sex Pitols grassa, sem dúvida, do descontentemento (não propriamente da classe trabalhadora porque os gajos eram uns indigentes, mas da probreza gerada pelo desemprego), da falta de horizontes, do assumir que nunca passarão de uns inadaptados. Aliás, nem por acaso, surge a citação de Ricardo III "Now is the winter of our discontent/Made glorious summer by this sun of York", entre outras menções a Harold Pinter. Essa e o processo moroso de encontrar letras, onde Anarquist foi escolhido apenas por ser a única palavra capaz de rimar com Anti-Christ, tornam este documentário delicioso. E o fim ditado por Nancy namorada de Sid (sua fornecedora de heroína, ex dos New York Dolls). É que é a apoteose de todo o cliché rock (que por acaso até aconteceu). Já não se fazem histórias assim.


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