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2004/10/19

Antics 

Tenho parado por este último trabalho dos Interpol. Entre tanta coisa que se vai ouvindo, tanta coisa que se impõe ouvir (que no meu caso por vezes roça o ridículo, nada me impõe o ritmo ou esta voracidade de "estar a par", por vezes esqueço-me do essencial que é apreciar...com vagar), deixei arrastar este Antics. Primeira surpresa foi identificar aquela música da extinta Vox, agora entidade que passa música non stop e non identificada. Era o "Slow hands". É deles.




Estava a falar sobre este álbum com um amigo no outro dia e surgiu a inevitável comparação aos Joy Division. Realmente a voz de Daniel Kessler é muito parecida à de Ian Curtis, mas experimente-se ouvir o Again do Colder de seguida ao Closer dos Division e repare-se que nisto da pilhagem existem níveis bem mais arrepiantes. O que acaba por valer nada, até porque ouvi bastante o primeiro sem grandes moralismos. Era bom de se ouvir. Ou pilhe-se do sítio certo.

Além disso não é indiferente aos Interpol o facto de serem de Nova Iorque e estarem a par do relativo sucesso de outras bandas da cidade como os Yeah Yeah Yeahs ou mesmo de se aproximarem a sonoridades electroclash (que os lança na companhia dos Rapture , dos Liars). Acho que há pontos de ligação ali. De qualquer forma tudo isto, que não precisava de tanto paleio, foi mesmo porque parei (por vezes pára-se numa música e dá vontade de ouvir vezes sem conta até enjoar) exactamente no "Slow hands". E sei que é uma quase vulgaridade (o Tiago sempre me dizia que era sinal de posts preguiçosos apenas passar as letras), mas eu queria transcrever esta. Tem palavras inesperadas, imagens violentas e utiliza essa expressão tão querida a todos os que apreciam poesia - wasteland. Provavelmente não terá nada a ver, mas fez-me querer encontrar e ler. Disfrutei-a ao ponto de encontrar novos motivos, ridículos e pessoais, para postá-la.

Dizem que se encontra um disco mesmo bom quando a nossa música preferida vai mudando ao longo do tempo. Hoje esta, amanhã outra. Hoje é "Slow hands" e não sei se vai mudar.



Slow hands


Yeah but nobody searches
Nobody cares somehow
When the loving that you’ve wasted
Comes raining from a hapless cloud
And I might stop and look upon your face
Disappear in the sweet, sweet gaze
See the living that surrounds me
Dissipate in a violet place

Can’t you see what you’ve done to my heart
And soul?
This is a wasteland now

We spies
We slow hands
Put the weights around yourself
We spies
Oh yeah we slow hands
You put the weights all around yourself now

I submit my incentive is romance
I watched the pole dance of the stars
We rejoice because the hurting is so painless
From the distance of passing cars
But I am married to your charms & grace
I just go crazy like the good old days
You make me want to pick up a guitar
And celebrate the myriad ways that I love you

Can you see what you’ve done to my heart
And soul?
This is a wasteland now

We spies
Yeah we slow hands
You put the weights around yourself
We spies
Oh yeah we slow hands
Killer, for hire you know not yourself

We spies
We slow hands
You put the weights all around yourself
We spies
Oh yeah we slow hands
We retire like nobody else
We spies
Intimate slow hands killer
For hire you know not yourself
We spies
Intimate slow hands
You let the face slap around herself







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