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2004/09/14

Da justiça musical 

Faz hoje uma semana que os Franz Ferdinand ganharam o Mercury Prize de 2004.

Nessa mesma noite assisti uma reportagem na Sky News sobre o evento, minutos antes de começar a cerimónia. Primeiro o repórter começa por lembrar que vencedores passados nem sempre viram aumentar as suas vendas pelo facto de serem reconhecidos pelo prémio (fala de Badly Drawn Boy, Roni Size), sendo que álbuns editados após o galardão não conseguiram produzir "hits". Continuando a mesma linha de raciocínio diz que embora os prováveis vencedores dessa noite fossem The Streets ou Franz Ferdinand seria mais justo atribuir o prémio a alguém como Robert Wyatt, o pobrezinho que não faz milhões por cada single que edita, de certeza faria melhor uso das 20 mil libras. "They just don't need it" conclui.


Já se sabe o resultado. Franz Ferdinand ganhou e de certa forma ainda bem. Quer dizer que é apenas a avaliação da música que conta (pelo menos é o que diz o site oficial ), ou se quero entrar na teoria da conspiração é apenas mais um empurrão para a última exportação de sucesso das ilhas britânicas. Mas achei ridículo o discurso da justiça social aplicado a este meio. Não se julgue que só ataca o nosso ministro das finanças.

Já agora vencedores passados incluem PJ Harvey ou Primal Scream que não me parece que se considerem nem pobrezinhos nem viram a carreira a andar para trás pelo síndrome "óscar da música".





Dos Franz se calhar diria que antes de ver o magnifico concerto no Sudueste que já não os podia ouvir mais, já estava farta de cada single que sai com precisão bimensal a ecoar por toda a parte, nas lojas, na rádio, na televisão, na noite. Estava saturada (momentaneamente ultrapassada pela saturação Madonna. Vai amanhã embora é só o que me faz feliz). Mas eles rockaram e foi muito bom. Percebo-te Morrissey.


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