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2004/06/11

Recordação de um Superbock passado... 

Parece incrível que hoje seja dia de ir ver bandas como os Pixies ou os Massive Attack ao festival Superbock em que se comemoram 10 anos de existência do festival... parece incrível porque já passaram 10 anos sobre o primeiro, de que ainda me lembro tão bem...

Muitos podem já não se lembrar, mas o primeiro Superbock, no início do verão de 1995, na Gare Marítima de Alcântara, foi mesmo único, para a altura, em Portugal...

1995 foi o ano em que começou por cá a tradição dos festivais de rock de verão, com participação de grandes bandas internacionais, pois antes só tinham acontecido as experiências esporádicas dos festivais de Vilar de Mouros nos anos 70 e 80. O primeiro Superbock foi contava com um cartaz muito forte, para a época, e deixou-me para sempre gravadas na memória duas actuações inesquecíveis...

Inesquecível foi a actuação dos Young Gods, ao Por do Sol, debaixo de um ceu cheio de tonalidades de vermelho-roxo lindíssimas, e com a Ponte 25 de Abril como pano de fundo, onde se viam passar os carros já com os farois acesos... se fechar os olhos ainda consigo ouvir aquelas parts instrumentais com um som cheio de espaço para respirar, quais Pink Floyds vindos do inferno, enquanto Franz Treichler navegava por cima das cabeças do público num crowd surfing apotéotico...

Inesquecível também o concerto dos Faith No More, com o animal de palco que era Mike Patton a dar espectáculo e a carregar a banda e o público aos ombros... o concerto no Campo Pequeno, um ano antes, tinha sido ainda melhor, mas ainda assim este também me ficou para sempre gravado na memória... ainda me lembro daquele momento em que Patton salta do palco e apanha em pleno voo uma das muitas garrafas que o publico lhe atirava, a abre e despeja um liquido amarelo muito dúbio (seria cerveja, ou um produto orgânico resultado da ingestão de cerveja?) sobre si próprio... O homem era assim (se calhar ainda é, há anos que não o vejo em concerto)

Será que hoje vai haver alguma actuação inesquecível? Era bom que assim fosse...


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