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2004/05/14

O iPod que eu queria 

A Sofia foi para Nova Iorque, e uma das coisas que eu pensei em encomendar-lhe foi um brinquedo destes:




O iPod. A versão mais “potente” custa cerca de 500 USD e tem um disco rígido com 40Gb. Uma capacidade para cerca de 10.000 faixas, ou 4 semanas contínuas de música. O suficiente para uma discografia exaustiva dos mais variados estilos de música. E há medida que forem saindo novos modelos de iPod, essa capacidade terá tendência a crescer cada vez mais... no limite poderá imaginar-se que será possível encher um brinquedo destes com toda e qualquer música que nos occorra, de todos os géneros possíveis e imagináveis...

Num iPod, é possível escolher directamente a faixa ou o álbum que se quer ouvir, ou por artista, ou mesmo criar playlists com sequências pre-determinadas de músicas, como se fossem compilações virtuais. Sem nunca ter usado um, calcúlo que também haja um modo random, em que a máquina escolha uma música ao acaso... Perante a capacidade massiva de stockagem do aparelho, estes modos de selecção parecem-me, antes de mais, limitações.

Quando era mais novo, discutia várias vezes com um amigo a possibilidade de ter uma “banda sonora para a vida”, que tocasse independentemente da nossa vontade e em que as músicas se adequassem sempre perfeitamente ao momento que estávamos a viver, como acotece em muitos filmes que são notórios pela banda sonora (assim de repente ocorem-me como exemplos o Lost in Translation ou o Vanilla Sky).

O iPod podia ser a resposta tecnologica a esta ânsia: bastava ter um software que nos permitisse dar a conhecer á máquina o nosso estado de espírito, ou algumas variáveis sobre o ambiente que nos rodeia, e a máquina escolheria a faixa a reproduzir, tendo em conta o estilo, o artista, a duração da faixa, as batidas por minuto e muitos outros padrões pré-defenidos.

Uma máquina assim, que acertasse muitas vezes na canção certa, seria um aparelho que não me importaria de carregar comigo para todo lado... e bem mais interessante do que modelos com cada vez mais capacidade, e jogos, e video e sei lá mais o qué... porque é que as empresas que fazem estes aparelhos não gastam algum dinheiro a desenvolver um software destes?

E se fosse possível carregá-lo com músicas selecionadas aleatoriamente e por nós desconhecidas, se calhar seria a morte da rádio tal como a conhecemos actualmente...


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