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2004/04/06

Zero 7, 6, 5, 4... Zero 3 

Zero 7, Coliseu de Lisboa 4 de Abril 2004

Comparando com o concerto de sexta feira os Zero 7 apresentaram-se em palco com uma pobreza franciscana, apenas um reles lençol pendurado a identificar a banda. Guitarra, baixo, bateria, os mentores da banda, Henry Binns e Sam Hardaker, a programar, teclado, e já vais com muita sorte. Se nos álbuns existem tantos sons incorporados : trombone, clarinete, flauta, violinos, ..., foi pena não se poder viajar com estes “extras” valiosos. Não que isso afastasse o público. Os "tugas" aderiram com a generosidade habitual, reconhecida por tantos outros artistas (mais, parece-me que “ histericou” completamente). Estou a ser má. É impressionante ver das galinheiras um coliseu a abarrotar, aquela configuração de balão cheio, luzes a piscar de câmaras digitais e telemóveis (pois, agora já não se pode fumar…só quando as luzes apagam), embora ache que toda aquela vibração fosse …exagerada.

A música Zero 7 é agradável, melódica. “Epá isto ouve-se muito bem” ( obrigado ao Miguel X-way que contribuiu para metade do bilhete). Mas originalidade nos arranjos, projecções, espectáculo, brilho, fugir para além da reprodução competente do que já ouves nos Cds, acho que não houve. O grupo tem muito bom gosto, não o nego, a começar logo na escolha das vozes (destaque da noite para Sophie Barker, impecável em “ Destiny” e a fechar a noite com “Distractions”). É que são todas “vozeirões ( a saber : Mozez , Tina Dico , Yvonne John Lewis, Sia Furler ), que impõe ao que já é melódico uma perfeição doce . Coisa que me irritou, as “vozes” iam entrando e saindo do palco, um desfile a lembrar mais ou menos uma Operação Triunfo.

Bem sei que não se notou quase a transição da primeira para a segunda parte do concerto (assim como não se nota a diferença do Simple Things para o When it Falls), mas de facto houve uma primeira parte dedicada ao último álbum – começou com “Warm Sound”, seguiu com “Home”, “Somersault”, “Passing by”, “When it Falls” , “Speed Dial n.2” (um alinhamento quase igualzinho ao do álbum, sempre bom quando o artista ajuda a blogger) – por volta desta altura entra bloco 2 e o primeiro álbum – “In the Waiting Line”, “Destiny”, “I have seen”…

O público adorou. Os Zero 7 adoraram o público. Houve 3 encores. Parecia que era Verão. Parecia que era um concerto muito bom.

Temos fotos. Teremos fotos.

Outras opiniões : País Relativo.


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