2004/03/16
As rádios e as playlists
Na noite de ontem tive oportunidade de assistir ao seminário “Edição independente” na Restart. Entre o muito que lá se discutiu, veio à baila o tema das rádios e das playlists.
Para as editoras independentes este é um problema, uma vez que as ditas playlists excluem os artistas nacionais menos conhecidos, que tendem a ser os editados pelas editoras independentes. Isto é evidentemente um óbice a que estes artistas, muitas vezes criando música com qualidade e merecedora de destaque, tenham exposição e consigam vender discos em números significativos.
Gradualmente, este modelo de rádio por playlist assente em grandes êxitos tem vindo a impor-se e agora vigora um pouco por todo o lado. Na discussão no seminário reconheceu-se que é um problema de difícil solução, pois as rádios são na sua maioria privadas, e são por isso negócios que precisam de audiências, ora só as conseguem dando às pessoas aquilo que elas querem ouvir (os tais temas que já são conhecidos, devido à enorme exposição que conseguem desde o início).
Pessoalmente o tema parece-me ser uma pescadinha de rabo na boca: as rádios só passam o que o público quer ouvir, mas o público só fica a conhecer aquilo que a rádio passa, num ciclo vicioso contínuo...
Não sei qual é a solução para este problema, que em parte remete para a famigerada questão e interminável discussão das quotas de música nacional nas rádios. No seminário fiquei com a impressão que pelo menos parte das editoras independentes quereria que essas quotas fossem impostas... certamente que isso as faria vender mais discos...
Não sei qual será a solução para acabar com a ditadura da “má” música nas rádios, mas certamente que é possível melhorar o estado das coisas. Talvez encontrar formas de levar as rádios a apostar com mais força em programas de autor com qualidade e em que não imperassem as playlists, ou abrir o espectro radiofónico a mais projectos, mesmo que fossem do tipo “rádios universitárias”...
O que é certo é que com o a mudança da orientação da TSF e o desaparecimento da Voxx, o problema tornou-se ainda mais notório...
Para as editoras independentes este é um problema, uma vez que as ditas playlists excluem os artistas nacionais menos conhecidos, que tendem a ser os editados pelas editoras independentes. Isto é evidentemente um óbice a que estes artistas, muitas vezes criando música com qualidade e merecedora de destaque, tenham exposição e consigam vender discos em números significativos.
Gradualmente, este modelo de rádio por playlist assente em grandes êxitos tem vindo a impor-se e agora vigora um pouco por todo o lado. Na discussão no seminário reconheceu-se que é um problema de difícil solução, pois as rádios são na sua maioria privadas, e são por isso negócios que precisam de audiências, ora só as conseguem dando às pessoas aquilo que elas querem ouvir (os tais temas que já são conhecidos, devido à enorme exposição que conseguem desde o início).
Pessoalmente o tema parece-me ser uma pescadinha de rabo na boca: as rádios só passam o que o público quer ouvir, mas o público só fica a conhecer aquilo que a rádio passa, num ciclo vicioso contínuo...
Não sei qual é a solução para este problema, que em parte remete para a famigerada questão e interminável discussão das quotas de música nacional nas rádios. No seminário fiquei com a impressão que pelo menos parte das editoras independentes quereria que essas quotas fossem impostas... certamente que isso as faria vender mais discos...
Não sei qual será a solução para acabar com a ditadura da “má” música nas rádios, mas certamente que é possível melhorar o estado das coisas. Talvez encontrar formas de levar as rádios a apostar com mais força em programas de autor com qualidade e em que não imperassem as playlists, ou abrir o espectro radiofónico a mais projectos, mesmo que fossem do tipo “rádios universitárias”...
O que é certo é que com o a mudança da orientação da TSF e o desaparecimento da Voxx, o problema tornou-se ainda mais notório...