2004/02/12
Preconceitos são uma coisa muito má
1972 de Josh Rouse é um disco de que já tinha ouvido a Sofia falar muito bem. Aliás, não só a Sofia, pois o disco foi nomeado em lugares honrosos em muitas das listas que há coisa de um mês se encontravam um pouco por toda a parte, a propósito dos melhores discos de 2003.
Na minha atitude teimosa, nunca me tinha dado ao trabalho de ouvir este disco, ou qualquer outro de Josh Rouse, e nem sequer de perceber de que se tratava... por alguma razão imbecil, achava que não passava de um Brian Adams um bocadinho melhor e um bocadinho menos comercial... Não há dúvida que nestas coisas de músicas, ter a mente fechada e preconceituosa é meio caminho andado para passar ao lado de muita coisa boa e que vale a pena.
E porque digo isto? Há algum tempo que tinha aqui este disco, mas nem me tinha sequer dado ao trabalho de o ouvir com alguma atenção. Mas quando, há uns dias, o pus no leitor, com uma atitude desdenhosa de “vamos lá ver o que isto dá...”, confesso que tive uma boa surpresa. 1972 é um doce de um disco. Está cheio de canções com um sentido pop muito equilibrado que nos agarram desde a primeira audição e parecem não querer sair do ouvido, tais como Love Vibration, James, Slaveship, ou o tema título 1972... Canções suaves e alegres, que se ouvem sem qualquer esforço e nos aquecem nestes dias de inverno... Um disco altamente recomendado e uma boa lição: esquecer os preconceitos e ouvir antes de ter ”opiniões”.