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2004/02/02

Bernardo Sassetti+ Mário Laginha 

Centro Olga Cadaval 30 de Janeiro

O encontro era para amigos já se anunciava, metade da sala para o Bernardo (com uma família muito alargada) a outra metade para Mário. Se há algo a apontar em toda a performance é que realmente só uma amizade e cumplicidade profunda permitem tocar assim, um diálogo entre pianos, em que se dá espaço para solar, onde as “frases” que um “diz” são “respondidas” sem quase se notar transposição. Claro que também ajuda serem dois executantes virtuosos…


BS+ML





O segundo concerto (embora durante o espectáculo Bernardo Sassetti tenha dito que foi o primeiro…mas acho que já tocaram no Porto…) de apresentação do albúm em conjunto revisitou, como seria de esperar, os vários temas do trabalho. Se pensarmos que o álbum foi criado em apenas três dias e que segue a estrutura de uma apresentação ao vivo (os imprevistos surgiam ao final de cada dia…), apercebemo-nos que a transposição para concerto foi fácil e feliz. Aliás o alinhamento foi quase igual ao alinhamento do álbum:
A Menina e o Piano
Señor Cáscara (aqui as influências latinas de Salsetti)
O Sonho dos Outros (um tema belíssimo de Nocturno de Bernardo Sasseti)
Take the A Train (Billy Stayhorn - arranjo de Mário Laginha)
A Segunda Gaveta a Contar de Cima (Laginha, tema original para este álbum)
Diabolique (Sassetti, tema também criado para este álbum)

O último set (ainda se teve direito a 2 encores) foi dedicado ao cineasta José Álvaro Morais (realizador do Quaresma, Peixe Lua, entre outros) que tinha falecido nesse dia. Chamava-se (e bem!) Renascer, e na respiração pousada dos pianos conseguia-se aperceber toda a emoção e homenagem sentida que os músicos quiseram prestar. Há música que consegue ultrapassar todas as palavras…. Um concerto excelente, espero que repitam mais vezes.


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