2004/01/23
Dose Dupla
Ao início receei. No meio do concerto fui perguntando para os lados – “então estás a gostar?”, e perante: “o baterista passa-se!”, “o pianista é espectacular!”, “o baterista podia estar nos Korn! “, deu para relaxar e compreender que foi, sem dúvidas, um grande concerto, mesmo para aqueles que não estavam a par do universo Bad Plus.
Repetindo o que está para aí algures noutro post, trata-se de trio bateria/piano/contrabaixo cujo estilo é marcado pela fusão entre rock e jazz. Mas é muito mais que isso. Além das famosas “versões desconstruídas da pop clássica” (desta vez a expressão certa! ) apresentaram-se muitos temas originais, muitos temas do próximo trabalho, onde o cuidado nos arranjos e o arrojo no experimentalismo foram notórios. Outra nota importante nesta actuação foi o sentido de humor que trespassa pela música, a atitude, as pequenas histórias que Reid Anderson (baixo) ia contando entre os temas, o próprio nome dos temas (Keep the Bugs of your Ass and the Bears of your Ass, Cheney Pinata, Do Your Sums – Die like a Dog – Play for Home,….).
Se Ethan Iverson (piano) apresenta matizes de pianista clássico (o que deu a origem a um solo fenomenal já no encore ) a estrela ruidosa é o baterista David King, um potento de energia que aproveita toda a bateria para sacar sons subtis ou violentos, não há limites à sua imaginação. Pode ser pura bateria de rock, como no final do tema dos Blondie o Heart of Glass, ou partir o ritmo no tema dos Black Sabbath (pareceu-nos, mas não sei o nome) ou ainda criar ondas radiofónicas em Neptune: the Planet , transmissões do planeta distante.
O concerto foi bipartido entre temas de These are The Vistas, onde não faltou o chamariz do Smells Like Teen Spirit, e temas do álbum a lançar em Março deste ano, o Give . O CCB esteve a meio gás, o que acabou por ser vantajoso, deu para ficar na plateia com bilhetes para o balcão superior.
Para quem tenha curiosidade para ouvir - http://www.thebadplus.com/ - embora ao vivo seja muito melhor!
E depois da tese a antítese. A Corneta seguiu para o Lux para a actuação de Colder com espírito animado, vontade de dançar. O concerto só começou lá para a uma e meia, já depois de muitas cervejas de impaciência. O facto de se apresentar com uma banda ao vivo perde o espírito de electrónica, principalmente um trabalho destes em que a voz é robotizada, cold pois ! Deu para ouvir todos os temas fortes de Again – One night in Toyko, Colder, Confusion, Where – mas só no final quando o público já estava aquecido e o som mais mecanizado, mais transe, acabou! Não foi um mau concerto, mas esperava-se muito mais…
Repetindo o que está para aí algures noutro post, trata-se de trio bateria/piano/contrabaixo cujo estilo é marcado pela fusão entre rock e jazz. Mas é muito mais que isso. Além das famosas “versões desconstruídas da pop clássica” (desta vez a expressão certa! ) apresentaram-se muitos temas originais, muitos temas do próximo trabalho, onde o cuidado nos arranjos e o arrojo no experimentalismo foram notórios. Outra nota importante nesta actuação foi o sentido de humor que trespassa pela música, a atitude, as pequenas histórias que Reid Anderson (baixo) ia contando entre os temas, o próprio nome dos temas (Keep the Bugs of your Ass and the Bears of your Ass, Cheney Pinata, Do Your Sums – Die like a Dog – Play for Home,….).
Se Ethan Iverson (piano) apresenta matizes de pianista clássico (o que deu a origem a um solo fenomenal já no encore ) a estrela ruidosa é o baterista David King, um potento de energia que aproveita toda a bateria para sacar sons subtis ou violentos, não há limites à sua imaginação. Pode ser pura bateria de rock, como no final do tema dos Blondie o Heart of Glass, ou partir o ritmo no tema dos Black Sabbath (pareceu-nos, mas não sei o nome) ou ainda criar ondas radiofónicas em Neptune: the Planet , transmissões do planeta distante.
O concerto foi bipartido entre temas de These are The Vistas, onde não faltou o chamariz do Smells Like Teen Spirit, e temas do álbum a lançar em Março deste ano, o Give . O CCB esteve a meio gás, o que acabou por ser vantajoso, deu para ficar na plateia com bilhetes para o balcão superior.
Para quem tenha curiosidade para ouvir - http://www.thebadplus.com/ - embora ao vivo seja muito melhor!
E depois da tese a antítese. A Corneta seguiu para o Lux para a actuação de Colder com espírito animado, vontade de dançar. O concerto só começou lá para a uma e meia, já depois de muitas cervejas de impaciência. O facto de se apresentar com uma banda ao vivo perde o espírito de electrónica, principalmente um trabalho destes em que a voz é robotizada, cold pois ! Deu para ouvir todos os temas fortes de Again – One night in Toyko, Colder, Confusion, Where – mas só no final quando o público já estava aquecido e o som mais mecanizado, mais transe, acabou! Não foi um mau concerto, mas esperava-se muito mais…