2003/12/30
Peaches no Lux
Concerto no Lux dia 27 de Dezembro de 2003
Peaches aparece sozinha em palco. Por trás da sua voz ouvem-se as batidas incessantes e os riffs de guitarra processados até ao limite, mas não há qualquer músico em palco. O que se ouve há de estar gravado, em disco, disquete, ou na memória de algum sampler. Peaches é um one-woman-show.
E que show…! Sexo altamente gratuito distila por todos os lados, e apesar de não haver qualquer nudez explícita, a coisa é mais hardcore do que uma visita a uma casa de strip. Peaches grita, geme, contorce-se nas poses mais provocantes, simula felatio com o microfone, trata-o como um dildo, muda de roupa em palco, aparece completamente vestida de cabedal, encena poses de dominatriz com o seu roadie. O público, que esgotou o Lux, vibra, exulta, pula, dança, aclama. O sexo vende e Peaches é a prova acabada disso.
Quando se trata de música electrónica, em que tudo já vem preparadinho de casa, é preciso encontrar algumas soluções para que o concerto não se limite a ser um mero “press play” dos discos editados pelo grupo que se apresenta em palco. Essas soluções podem ser novos arranjos, projecções, improvisações, etc... No caso de Peaches, a solução é a sua presença brutal e animalesca (no melhor sentido) em palco. Se isso dá um espectáculo interessante, original, provocador e libertador, é pena que a música acabe por passar para segundo plano. Sem músicos em palco e com versões exactamente iguais às dos discos ou quase, ás vezes parece que estamos a ouvir um playback e que Peaches nem sequer está a a cantar (embora na verdade esteja).
Musicalmente, o som electro de peaches acaba por ser apenas mais uma moda, uma pastilha elástica musical para consumir furiosamente durante uns tempos e depois deitar fora, e que se perde no meio de tanto show-off e provocação. Mas é uma pastilha saborosa, muito provocadora e libertadora, e que vale a pena provar. (Para além disso é boa música para conduzir que nem um louco cheio de adrenalina, embora como é óbvio tais comportamentos não sejam aprovados pel’A Corneta).
Peaches aparece sozinha em palco. Por trás da sua voz ouvem-se as batidas incessantes e os riffs de guitarra processados até ao limite, mas não há qualquer músico em palco. O que se ouve há de estar gravado, em disco, disquete, ou na memória de algum sampler. Peaches é um one-woman-show.
E que show…! Sexo altamente gratuito distila por todos os lados, e apesar de não haver qualquer nudez explícita, a coisa é mais hardcore do que uma visita a uma casa de strip. Peaches grita, geme, contorce-se nas poses mais provocantes, simula felatio com o microfone, trata-o como um dildo, muda de roupa em palco, aparece completamente vestida de cabedal, encena poses de dominatriz com o seu roadie. O público, que esgotou o Lux, vibra, exulta, pula, dança, aclama. O sexo vende e Peaches é a prova acabada disso.
Quando se trata de música electrónica, em que tudo já vem preparadinho de casa, é preciso encontrar algumas soluções para que o concerto não se limite a ser um mero “press play” dos discos editados pelo grupo que se apresenta em palco. Essas soluções podem ser novos arranjos, projecções, improvisações, etc... No caso de Peaches, a solução é a sua presença brutal e animalesca (no melhor sentido) em palco. Se isso dá um espectáculo interessante, original, provocador e libertador, é pena que a música acabe por passar para segundo plano. Sem músicos em palco e com versões exactamente iguais às dos discos ou quase, ás vezes parece que estamos a ouvir um playback e que Peaches nem sequer está a a cantar (embora na verdade esteja).
Musicalmente, o som electro de peaches acaba por ser apenas mais uma moda, uma pastilha elástica musical para consumir furiosamente durante uns tempos e depois deitar fora, e que se perde no meio de tanto show-off e provocação. Mas é uma pastilha saborosa, muito provocadora e libertadora, e que vale a pena provar. (Para além disso é boa música para conduzir que nem um louco cheio de adrenalina, embora como é óbvio tais comportamentos não sejam aprovados pel’A Corneta).