2003/12/05
I'm going to the Darklands
No outro dia estava a passear pela FNAC (a do Chiado como convém) e encontrei o Darklands dos The Jesus & Mary Chain a 9 Euros . A sobrancelha logo se arrebitou (apesar de ser triste verificar que era mais o facto de ser 9 euros que o facto de ser J&MC é que a fez arrebitar mais). Não interessa, é só o background da história. O que interessa é que apenas conhecia o Stoned & Dethroned (que já comprei há um ror de anos e já não ouço há imenso tempo), que pertence à fase em que se considera que a banda amoleceu, já tinha ouvido algumas vezes o Psichocandy, mas pouco. O que interessa é que o CD passou do carro para o trabalho, depois para casa e voltou ao carro, ou seja, fez o circuito completo que significa que gostei. Muito! E só podia, é do período áureo da banda. Está tudo bem com as minhas papilas auditivas portanto.
Quando se fala de livros os críticos dizem que há obras que são “period pieces” ou seja, que estão datadas e não sobrevivem ao passar dos anos. Esta banda que marcou bastante a geração dos amigos da minha irmã ou primos mais velhos (os que hoje são trintões, mas trintões e pouco…) poderia passar o mesmo: ficar presa ao limbo do final da década de 80, pertencer aquela geração, ficar por ali. Não se passou isso. Pelo contrário tornou-se “muito cá de casa”. Realmente há “something about you felt like pain”, há muito “chaotic soul” , a palavra mais repetida é “fall”, é um trabalho dorido, masoquista, e apesar disso, há uma doçura que sobressai(“about you”). Foi uma epifânia, deveras dear 80’s.
Entretanto J&MC “vaporise and rise to the sky / but we tried so hard/ and we looked so good/and we lived our lives in black…”, mas o que interessa isso? È boa música.
Por isso é que sei que no dia em que comprar o Pet Sounds dos Beach Boys também vou gostar imenso, porque é inevitável, é boa música, passa todos os testes. Só falta é encontrá-lo a 9 Euros…
Quando se fala de livros os críticos dizem que há obras que são “period pieces” ou seja, que estão datadas e não sobrevivem ao passar dos anos. Esta banda que marcou bastante a geração dos amigos da minha irmã ou primos mais velhos (os que hoje são trintões, mas trintões e pouco…) poderia passar o mesmo: ficar presa ao limbo do final da década de 80, pertencer aquela geração, ficar por ali. Não se passou isso. Pelo contrário tornou-se “muito cá de casa”. Realmente há “something about you felt like pain”, há muito “chaotic soul” , a palavra mais repetida é “fall”, é um trabalho dorido, masoquista, e apesar disso, há uma doçura que sobressai(“about you”). Foi uma epifânia, deveras dear 80’s.
Entretanto J&MC “vaporise and rise to the sky / but we tried so hard/ and we looked so good/and we lived our lives in black…”, mas o que interessa isso? È boa música.
Por isso é que sei que no dia em que comprar o Pet Sounds dos Beach Boys também vou gostar imenso, porque é inevitável, é boa música, passa todos os testes. Só falta é encontrá-lo a 9 Euros…