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2003/11/24

Volto para o armário  

Sempre que falamos de Cure um dos Corneteiros diz-me que "Close to me" é a sua música favorita. Está no álbum The head on the door, dos melhores que o grupo fez e que serviu de banda sonora para muitas festinhas dos meus tempos de adolescente. Daquelas festas que começavam às quatro da tarde em garagens ou numa sala maior... As mesas e cadeiras eram encostadas à parede, havia uma pista de dança improvisada, as luzes apagadas ou diminutas. Servia-se muito Tang, sandwiches cortadas aos triângulos e dançavam-se slows (e isto de dançar um slow às 6 da tarde ... era preciso ter espírito romântico). Slows aquela coisa em que a menina tinha de esperar para ser convidada num dos cantos da sala. O assunto ficava resolvido em poucos passos: pedia-se, aceitava-se, pousavam-se as mãos no ombro (não me lembro de dar mãos...hm...) e tentava-se acertar o passo. Em momentos de maior descontracção e intimidade chegava-se encostar a cabeça ao ombro, sentindo os cabelos na nuca e a respiração. Nessa altura não tinha consciência que não voltaria a slow dance ao som de Scorpions e de Dire Straits, esse ritual de deixar o tempo desacelerar.


cure




È irónico constatar quando as coisas eram simples a banda sonora era torturada e esquizofrénica (I've waited hours for this/I've made myself so sick/I wish I'd stayed asleep today/I never thought this day would end/I never thought tonight could ever be/This close to me) e agora em que tudo é por demais evidente (I don't want to move too fast, but/Can't resist your sexy ass/Just spread, spread for me/I can't, I can't wait to get you home) parece complicadíssimo....







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