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2003/11/04

Música matemática 

O quarteto norueguês Supersilent editado pela ECM não tem títulos para os seus álbuns, são identificados por números (1-3,4,5,6), nem para os temas. Neste último, o 6, há combinação: 6 é o álbum , 6 são os temas . 6 é um número matemático perfeito (1+2+3=6). Que frieza. Apesar da simplicidade que aparenta não é algo que siga fórmula fácil. Não é regido pelo universo real, acho que temos aqui números imaginários, que existem mas não existem.

A música parece uma banda sonora, sugere-me o Dune de Lynch, principalmente em "1" onde se vão acrescentando texturas de sons metálicos em crescendo. Numa fronteira entre free-jazz e a música electrónica criou-se universo induzido, operático onde a fala é substituída por um sintetizador ou por um trompete. A cada momento torna-se mais densa, mais intrigante que desinstala as percepções. Através de bateria, sintetizador, teclado e um trompete (que tanto faz lembrar Miles na faixa 2) criam-se temas ao arrepio do improviso (quatro dias duraram as gravações, os elementos da banda não falaram antes ou depois das gravações; a única vez que estão juntos é para gravar).





Sim, realmente isto é estranho, mas não é um álbum desprovido de emoção. Qual ainda estou a dissecar.


Curiosa opção esta por números.

PS: há mesmo um blog que se chama www.music-is-math.blogspot.com


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