2003/09/29
Reintrodução quotas para música portuguesa
Na sexta feira foram aprovados na Assembleia da República dois projectos-lei do PS e do CDS PP sobre a reintrodução de quotas de difusão da música portuguesa nas rádios (os projectos, a aprovação ).
Parece-me mais que legítima a pretensão dos músicos portugueses de quererem ver uma lei que estava em vigor (pelo que li há mais de 20 anos que foi criada) ser cumprida. Á excepção da Antena 1 e RR as restantes rádios portuguesas estavam bastante abaixo da fasquia dos 40% (música portuguesa nos media). É de louvar também que um movimento cooperativo deste tipo (a Associação “Venham Mais Cinco”)
tenha chegado a bom porto, afinal foi uma estratégia que resultou com tanto concerto, tanta t-shirt, tanto queixume…
O que acho que faltou ao debate parlamentar, o que faltou à redacção das propostas é que mais do que um problema de ter música de “qualidade” ou "de origem denominada portuguesa" há falta de nova música. É aquele caso já típico e conhecido, no ano 2002 a música portuguesa mais rodada nas rádios foi o “Haja o que houver “ dos Madredeus que era de 98. Que se calhar entre as música mais rodadas este ano vamos continuar a ter algum tema dos Silence 4 ou dos Ala dos Namorados. Não basta mudar as playlists das rádios generalistas para meter mais do mesmo (mais Cabeças no Ar, mais Xutos, mais Madredeus que têm mérito provado mas também demasiado tempo de antena e que por ironia alguns deles são os maiores impulsionadores desta Associação). É preciso introduzir novos nomes, novos valores. Mas isto já toca no muy complicado tema de rádios que seguem as "regras do mercado".
No final acho que haverá espaço para todos. Espero que isto signifique que vou também poder passar a ouvir: Balla, Bruno Pedroso, Bulllet, Carlos Bica, IHS, Mesa, Spaceboys (e muitos outros que não conheço). Como, ainda se está para ver, mas já é uma grande ajuda ter a força da lei por detrás.
Outras opiniões.
Parece-me mais que legítima a pretensão dos músicos portugueses de quererem ver uma lei que estava em vigor (pelo que li há mais de 20 anos que foi criada) ser cumprida. Á excepção da Antena 1 e RR as restantes rádios portuguesas estavam bastante abaixo da fasquia dos 40% (música portuguesa nos media). É de louvar também que um movimento cooperativo deste tipo (a Associação “Venham Mais Cinco”)
tenha chegado a bom porto, afinal foi uma estratégia que resultou com tanto concerto, tanta t-shirt, tanto queixume…
O que acho que faltou ao debate parlamentar, o que faltou à redacção das propostas é que mais do que um problema de ter música de “qualidade” ou "de origem denominada portuguesa" há falta de nova música. É aquele caso já típico e conhecido, no ano 2002 a música portuguesa mais rodada nas rádios foi o “Haja o que houver “ dos Madredeus que era de 98. Que se calhar entre as música mais rodadas este ano vamos continuar a ter algum tema dos Silence 4 ou dos Ala dos Namorados. Não basta mudar as playlists das rádios generalistas para meter mais do mesmo (mais Cabeças no Ar, mais Xutos, mais Madredeus que têm mérito provado mas também demasiado tempo de antena e que por ironia alguns deles são os maiores impulsionadores desta Associação). É preciso introduzir novos nomes, novos valores. Mas isto já toca no muy complicado tema de rádios que seguem as "regras do mercado".
No final acho que haverá espaço para todos. Espero que isto signifique que vou também poder passar a ouvir: Balla, Bruno Pedroso, Bulllet, Carlos Bica, IHS, Mesa, Spaceboys (e muitos outros que não conheço). Como, ainda se está para ver, mas já é uma grande ajuda ter a força da lei por detrás.
Outras opiniões.