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2003/09/23

My favorite "My favorite"... 

A propósito deste post na Janela Indiscreta (grande fonte de inspiração, qualquer dia cobram-me direitos de musa...) vale a pena falar de "My Favorite Things" (1960, Atlantic) de John Coltrane.


[Coltrane]




É um álbum é muito especial desde logo por razões históricas da própria discografia de Coltrane : foi onde se estreou o John Coltrane Quartet (com McCoy Tyner no piano, Elvin Jones bateria e Jimmy Garrison baixo, que mais tarde será substituído por Steve Davis) e é o primeiro trabalho onde Coltrane toca saxofone soprano (antes era tenor) . As segundas , as pessoais (e convenhamos estas é que são as contagiantes) prendem-se com a total surpresa que tive quando ouvi "My favorite things " pela primeira vez. A música segue os seus caminhos inesperados, é longa, dá voltas e mais voltas sendo reconduzida de volta "à base" pelo saxofone, por vezes acho-a mais alegre que a versão "cantada". Mesmo o ouvido mais desatento de certeza notará a alteração do tempo que a torna muito mais saltitante que o original.

MY FAVORITE THINGS

Encontrei um trecho de uma tese de musicologia (s. f., ciência que trata dos assuntos relacionados com a música fora das áreas da composição e execução ) sobre "My Favorite Things" que explica isto muito melhor que as minhas palavras:

“the structure which Coltrane uses as a basis for his performances of "My Favorite Things" contains several notable divergences from the standard form: its chord progression is significantly altered; the overall structure of the form is different, both incorporating new materials and using material from the original form in new ways; and the tempo is brisker and "bouncier," justifying White's notation of the time signature as 6/8 rather than 3/4.” (link)

Além desta o Cd tem ainda clássicos de Gershwin reinventados como "Summertime", "Every Time we say goodbye"e "But not for me".

É inegável que o fime do musical "The sound of Music" faz parte do meu imaginário infantil /adolescente (também à força de vê-lo todos os Natais e Páscoa, quem resiste a esse tipo de terapia?). Quando era pequena fazia concursos com as minhas amigas a ver quem sabia de cor as letras , aliás estas memórias são sempre misturadas com viagens da camioneta da escola, acampamentos, caminhadas.... Os rapazes não participavam, embora a última vez que a voltei a ouvir (a versão do filme) foi numa festa em que o Cd era da pertença...de um rapaz (e aqui toda a gente cantou).

Hoje essas memórias continuavam vivas, mas a my favorite, agora, é mesmo a do Coltrane.




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