2011/10/31
Steve Jobs e o iPod
Muitos elogios a Jobs entretanto se publicaram, e neles é sempre mencionada a ideia de que ele revolucionou, entre outras indústrias, a indústria da música. Á primeira vista pode parecer exagero, mas feitas as contas é bem capaz de estar certo. Vejamos: a Apple não inventou o Mp3, nem o leitor portátil de mp3. Porém Foram os verdadeiros responsáveis pela massificação destas tecnologias e isso levou a una inevitável mudança na forma como consumimos a música.
Repare-se como antes do iPod ter tornado comuns os leitores portáteis de MP3, a única forma prática de se ouvir a música que se "arranjava" na net era ou directamente no computador ou gravando Cds uns atrás dos outros para depois ouvir na aparelhagem "clássica". Não era prático e punha uma barreira música "da net" e a sua fruição em contexto "normal".
Com o iPod, passou a ser possível ouvir directamente toda essa música, andar com ela para todo o lado, e em conjunto com a loja iTunes passou a haver uma alternativa fácil e legal de obter música em formato digital, com a vantagem de ser possível comprar a música faixa a faixa e não álbum a álbum. Conjugando-se com o enorme leque de acessórios que surgiram para tornar o iPod num sistema estéreo "convencional", a música "da net" deixou de viver num ecossistema à parte.
Estas inovações mudaram muito a forma como se houve música. Dante existam discos que eram raros. Tomar conhecimento da sua existência, encontrar e adquirir o objecto físico eram objecto de júbilo, sinal de respeito entre pares, e de distinção dentro da tribo. Coleccionar discos era uma aventura em si. Hoje tudo isso morreu, porque quer seja de forma legal ou ilegal, cerca de 90% da música que alguém possa referir casualmente em conversa com amigos ou que se ouça na rádio, poderá estar a tocar no nosso iPod passados meros 10 minutos (e 10 minutos é a dar já um certo desconto para a pesquisa e o download).
Isto relaciona-se directamente com as minhas memórias da compra do Nevermind há quase 20 ano atrás. Nada na forma como adquiri o disco pode ser repetido na experiência de um miúdo de 14 anos hoje, e a meu ver isso não se relaciona apenas com a forma como se distribuem os proveitos da venda de música, mas sobretudo com a forma como experimentamos e absorvemos a música, como ela se integra na nossa vida.
Essa revolução, ao contrário do que se possa pensar, não é exclusivamente positiva. Mas é inegável que veio para ficar, e em boa parte tal deve-se ao Sr. Jobs e à massificação do iPod.
Repare-se como antes do iPod ter tornado comuns os leitores portáteis de MP3, a única forma prática de se ouvir a música que se "arranjava" na net era ou directamente no computador ou gravando Cds uns atrás dos outros para depois ouvir na aparelhagem "clássica". Não era prático e punha uma barreira música "da net" e a sua fruição em contexto "normal".
Com o iPod, passou a ser possível ouvir directamente toda essa música, andar com ela para todo o lado, e em conjunto com a loja iTunes passou a haver uma alternativa fácil e legal de obter música em formato digital, com a vantagem de ser possível comprar a música faixa a faixa e não álbum a álbum. Conjugando-se com o enorme leque de acessórios que surgiram para tornar o iPod num sistema estéreo "convencional", a música "da net" deixou de viver num ecossistema à parte.
Estas inovações mudaram muito a forma como se houve música. Dante existam discos que eram raros. Tomar conhecimento da sua existência, encontrar e adquirir o objecto físico eram objecto de júbilo, sinal de respeito entre pares, e de distinção dentro da tribo. Coleccionar discos era uma aventura em si. Hoje tudo isso morreu, porque quer seja de forma legal ou ilegal, cerca de 90% da música que alguém possa referir casualmente em conversa com amigos ou que se ouça na rádio, poderá estar a tocar no nosso iPod passados meros 10 minutos (e 10 minutos é a dar já um certo desconto para a pesquisa e o download).
Isto relaciona-se directamente com as minhas memórias da compra do Nevermind há quase 20 ano atrás. Nada na forma como adquiri o disco pode ser repetido na experiência de um miúdo de 14 anos hoje, e a meu ver isso não se relaciona apenas com a forma como se distribuem os proveitos da venda de música, mas sobretudo com a forma como experimentamos e absorvemos a música, como ela se integra na nossa vida.
Essa revolução, ao contrário do que se possa pensar, não é exclusivamente positiva. Mas é inegável que veio para ficar, e em boa parte tal deve-se ao Sr. Jobs e à massificação do iPod.